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FÁTIMA A PÉ - Testemunho de Peregrinas Imprimir EMail

PEREGRINAR A PÉ A FÁTIMA – ABRIR-SE AO SOL DO AMOR E DA GRAÇA
Outubro do Rosário e Missionário 2016
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Em Ano Santo da Misericórdia,
no Outubro Missionário e do Rosário, mês de comemoração da última aparição de
Nossa Senhora, peregrinamos até Ela no Santuário de Fátima. Em 2016 já
celebramos o Centenário: das Aparições do Anjo: Anjo da Paz, Anjo da Guarda da
nossa Pátria.
Antes da partida, fomos à
Igreja Jubilar, entrar na Porta Santa da Matriz de S. Cosme – Igreja Jubilar da
Vigararia, dia 05 de Outubro na Celebração Eucarística da Comunidade presidida
pelo Pároco P. Alípio Barbosa. Pedimos a Deus que nos acompanhasse e protegesse
na jornada que nos esperava. Recebemos a bênção e partimos para o caminho
aconchegadas em Deus.
Como já é habitual, fomos pelo
“caminho do Norte”, interior, fora das estradas nacionais e devidamente
sinalizado com setas azuis. Às costas, levamos uma mochila com o essencial para
a nossa semana de peregrinação. As dormidas, sempre nos locais mais simples,
nomeadamente albergues, “hostels”, bombeiros, e colégios religiosos. Um simples
colchão e banho quente em troca de um donativo – “Peregrino não exige,
agradece”…
Durante 8 dias percorremos
este caminho de Fé e partilha, na tranquilidade das matas e aldeias, em que
muitas vezes o nosso silêncio era tomado pelo voto de coragem e boa viagem das pessoas
que generosamente partilhavam com estas desconhecidas uma simples conversa, uma
lágrima, um sorriso...
 Algumas de nós fizemos este caminho pelo 4º
ano consecutivo. Ao longo destes anos temos criado laços com algumas pessoas
que temos vindo a conhecer no caminho. Ao passar em casa da D. Augusta,
tentamos cumprimentá-la. Não estava mas a neta telefonou-lhe para falarmos com
ela. Que alegria foi saber que está bem de saúde e que o seu marido que no ano
passado estava no hospital em estado grave recuperou um pouco e ainda está
entre nós. Revimos os nossos amigos da tasquinha de Pinheiro da Bemposta que estão
no nosso coração desde a nossa primeira peregrinação em que, por especial favor,
nos preparam uma refeição às três horas da tarde no seu humilde café.
Num dia de chuva, de
manhãzinha, alguém nos convidou para um cafezinho. Amavelmente, a D. Rosa abriu-nos
a porta de sua casa e aconchegou-nos com um café e uns biscoitos. Em conversa, falamos
um pouco de nós e ela contou-nos um pouco de si e dos seus. Mostrou-nos
fotografias da família e veio uma lágrima quando falou do marido que já está
junto de Deus…
Após algumas palavras de
conforto, despedimo-nos com um abraço peregrino e seguimos caminho de coração
cheio. Num outro dia, preparávamo-nos para fazer um piquenique num recanto
junto à estrada e um casal, ao aperceber-se, convidou-nos a entrar e sentar na
esplanada do jardim e ainda nos ofereceu vinho de produção caseira para
acompanhar as nossas sanduiches. São estes e tantos, tantos outros gestos de
Amor e Fé que recebemos e nos tocam pela simplicidade, honestidade, humildade,
hospitalidade e carinho que vamos recebendo ao longo do caminho. Na despedida,
há sempre um apelo a Nossa Senhora: “Rezem lá por nós!…” Que ela Nos acompanhe,
nos proteja e nos encoraje no caminho da vida. A verdade é que caminhamos em
direção a nossa Senhora e quantos mais km fazemos mais sentimos a Sua presença,
que nos afaga e inunda com a Luz de Deus em nossos corações.
Em relação a nós, grupo, há
tempo para tudo. Viver em comunhão, cantar, rezar, rir e chorar. Partilha, reflexão,
oração, interiorização… Sobretudo, tentamos respeitar o espaço e as
dificuldades de cada um. Há tempo para caminhar mas também descansar e
contemplar a natureza – que bem sabe uma pausa de pernas estendidas à sombra de
uma oliveira, colher um figo, um medronho, um dióspiro…
Levamos pela primeira vez
uma desconhecida, a nossa Mira, habituada ao alcatrão e ao trânsito peregrino
da estrada nacional. À procura de um grupo, aceitou o desafio que a Nossa
Senhora se encarregou de lhe lançar e humildemente pediu para ir connosco. Pela
primeira vez foi com a casa e cama às costas, por caminhos de terra e rurais, e
demorou o dobro do tempo a lá chegar. Diz que os nossos 30km valem por 70km em
estrada mas todo o esforço é compensado pelas vivências que este caminho
tranquilo nos proporciona. Cada qual com as suas dificuldades e mazelas, todos
nos esforçamos e entreajudamos a superá-las. Este ano umas sandálias contam a
história que passaram de pés para pés…   
O dia da chegada ao
Santuário foi, como sempre, o culminar de todo o caminho, um rebuliço de
emoções. A Alegria da chegada e a gratidão a Nossa Senhora pelo caminho que nos
proporcionou e pelas razões que nos levaram a deixar as nossas casas para ir
até Ela. Lágrimas, sorrisos, silêncio e contemplação. Na capelinha, demos um abraço
coletivo. Graças a Deus e Nossa Senhora, mais um ano que vivemos este caminho.
Que para o ano tenhamos
vontade e coragem de voltar a peregrinar. Acolhidas na casa de S. Bento de
Labre, albergue de peregrinos, a noite terminou com o terço na capelinha e
procissão de velas. No dia seguinte participamos na Eucaristia, no recinto. Adeus
a Nossa Senhora, na certeza que queremos voltar em breve.
De regresso à nossa família
e à nossa peregrinação diária que é a vida, regressamos também à casa de Deus
de onde fomos enviadas. Tempo de agradecer a bonita jornada que nos
proporcionou e partilhar com a família cristã um pouco daquilo que foi a nossa
peregrinação. Re-entramos na Porta Santa da Igreja da Misericórdia de Gondomar.
Participamos na Eucaristia da Comunidade. Agora foi a bênção de chegada e
compromisso na vida: Missa dominical, dia 23 Outubro. O Pároco convidou-nos a
partilhar este testemunho: os presentes ouviram em profundo silêncio e
agradeceram.
Com este testemunho da nossa
vivência do caminho esperamos que, quando decidirem peregrinar, o façam por este
caminho alternativo ao caminho perigoso e tão fatal onde se vê pouco mais que
alcatrão e ouvem-se carros e camiões.
Nós vemos paisagens
lindíssimas, conhecemos pessoas maravilhosas, ouvimos os passarinhos e
escutamos o silêncio. Peregrinar significa percorrer campos e não chegar rápido.
Uma peregrinação não é uma maratona, há que viver o caminho – “O que vale na
vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim
terás o que colher”.
Para
organizarmos a nossa peregrinação recorremos ao site da Associação de amigos
dos caminhos de Fátima:  http://caminho.com.pt/.
Fizemos as seguinte etapas:

 

Partida

Chegada

Distância

Dormida

Dentro de cada uma

Igreja Jubilar

Bênção

Envio, partir da Comunidade

Casa de cada uma

Sé do Porto

 

Hostel

Sé do Porto

S. João Madeira

36 km

Santa Casa da Misericórdia

S. João da Madeira

Albergaria-a-Velha

29 km

Albergue de peregrinos

Albergaria-a-Velha

Anadia

33 km

Colégio de S. José de Cluny

Anadia

Coimbra

32 km

Hostel

Coimbra

Rabaçal

29 km

Albergue

Rabaçal

Ansião

18 km

Bombeiros

Ansião

Caxarias

30 km

Bombeiros

Caxarias

Fátima

22 km

Albergue de peregrinos  (casa de S. Bento de Labre)

Duma vida renovada

Igreja Jubilar

Bênção

Acolhimento e Acção Graças

 

Peregrinas de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Ao vosso dispor para mais alguma partilha ou informação:

Andresa Castro

Cristina Moreira

Catarina Carvalho

Mira Pontes 

Lorenzo Rovera

 


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