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BODAS DE PRATA - P. José Nuno Ferreira da Silva Imprimir EMail

POVO DE DEUS – POVO SACERDOTAL

Bodas de prata sacerdotais – na nossa Comunidade Paroquial

Dia 23 de Julho – 21h – Na Igreja Matriz de Gondomar

Padre José Nuno Ferreira da Silva, nosso Paroquiano está em Jubileu sacerdotal: Celebrou no Hospital de S. João, Dia 09 de Julho vinte e cinco anos de ordenação e vai celebrar na Terra Natal - Gondomar/São Cosme e São Damião, Missa de Ação de Graças nos vinte e cinco anos da Missa Nova: 23 de Julho - 21h.

«TODA A NOSSA EXISTÊNCIA É UMA EXISTÊNCIA PASCAL

Dia de Páscoa. 
Dia para cair na conta de que 
a nossa existência é uma existência pascal, 
intimamente assinalada já pela vitória 
da vida sobre a morte.

Hoje, olhamos para a Cruz e vemo-la florida de branco, não já ensanguentada. Mas sabemos que o Sangue do Filho de Deus feito Homem escorreu por ela, tingiu o madeiro e, a Ele, a Jesus Cristo, vemo-Lo crucificado. Mesmo se a imagem que olhamos O representa já ressuscitado, é na Cruz que Ele vem ao nosso encontro, entra nas nossas casas, como quem pede acolhimento nas nossas vidas.

Jesus é tanto mais na nossa vida quanto mais experimentamos a nossa própria condição crucificada, porque o encontro com Ele é sempre mais profundo e radical quando na Cruz. 
É aí que o seu fazer-se um de nós, irmanar-se connosco, assumir como seu o que é nosso, este amálgama de morte e amor, às vezes aquela parecendo mais forte do que este, é aí, é na na cruz, na nossa que ele fez sua, é na Cruz que maximamente se manifesta a partilha da nossa condição frágil. 
É aí, na Cruz, que o paradoxo amor/morte se resolve definitivamente na vitória do Amor sobre a morte, porque foi por Amor que Ele Se entregou à morte e, morto, ressuscitou e vive para sempre.

É na nossa Cruz que Ele está crucificado. 
O que quer que nos doa, o que quer que nos magoe, o que quer que nos mate mesmo; qualquer que seja o nosso medo, ou a nossa angústia, ou o nosso sofrimento; por mais tremendas que sejam as memórias que nos atam ao passado; por mais fundo que nos pareça o abismo em que o presente se cala, sem ninguém que nos escute e nos fale; por mais vazio e ameaçador de solidão ou de miséria se apresente futuro no horizonte, ou ou até sem ele; por mais escura que seja noite e anoitecidos sejam os dias que temos que atravessar ou nos trespassem; 
é aí, na nossa Cruz, que Ele está, 
ressuscitado já e sempre crucificado ainda, 
porque não abandona ninguém qualquer que seja a Cruz em que esteja crucificado. 
Ele aí está, 
está aí crucificado por loucura do amor que o levou à entrega de Si mesmo, bebendo connosco o cálice das nossas amarguras, mas já vivo, já vitorioso, já a dar-nos, ainda em vida, por mais dura que ela seja, a vitória sobre a morte e sobre tudo o que nos mate. 
Ele aí está, morto e vivo por amor!

Escrevo neste edição da Páscoa do Caminhando, 
filho pascal que sou desta comunidade, 
porque chega o dia em que voltarei à Fonte do meu Baptismo, 
para dar graças a Deus, 
com os filhos da Páscoa pela mesma Fonte, na mesma Casa de Deus entre os Homens, porque Ele aqui, entre vós, veio procurar-me, a mim, para me tornar seu de um modo especial e depois me dar, não já aos meus, mas àqueles a quem a Igreja me enviasse, porque me quis padre. E vem aí o dia em que se cumprem vinte e cinco anos sobre o Dia em que este mistério de encontro e acolhimento e dádiva, todas palavras pascais, todas baptismais.

Foi a nove de Julho de mil novecentos e oitenta e nove que, na Catedral, o Arcebispo D. Júlio Tavares Rebimbas me ordenou Presbítero para Igreja do Porto. Em vinte e três desse mês quente de sol e promessa, celebrei Eucaristia, Missa Nova, como dizemos, diante da porta aberta da Igreja Matriz.

Destes vinte e cinco anos, por Graça de Deus, tive o privilégio de viver dezasseis como capelão do Hospital de São João. Aí percebi com uma profundidade nunca antes sequer intuída, que tudo é Páscoa, que toda a nossa existência é pascal. Servi e quero continuar a servir este Mistério, como padre.

Por isso, vinte e cinco anos depois, no dia vinte e três de Julho, voltarei à nossa Igreja, para celebrar, 
com a comunidade que me gerou para a fé, 
a Eucaristia, a acção de graças 
ao já Ressuscitado sempre Crucificado, 
vivo e vivificante, 
Jesus Cristo, 
porque me quis servo, 
ministerialmente servo do Mistério Pascal. 

É que tudo é Páscoa! 

Aleluia!»

P. José Nuno, IN – Caminhando/Páscoa 2014

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