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PRIMEIRO ANIVERSÃRIO DA PARTIDA DA IRMÃ ZÉLIA VIDAL Imprimir EMail

 

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA PARTIDA DA IRMÃ ZÉLIA VIDAL, FMNS

 

Passou no dia 30 de Agosto 2013 o primeiro Aniversário da Páscoa/Partida da Irmã Zélia Vidal, da Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora.

 

Na sua Comunidade da Azenha e na Paróquia de Gondomar/S. Cosme, foi terna e eternamente lembrada.

Que a sua intercessão nos seja favorável, como foi o seu serviço humilde e tão fiel, enquanto caminhou connosco nesta terra.

 

Memória da nossa Irmã Zélia Dias da Silva Vidal

 

        

Com grande saudade, lembramos a nossa querida Irmã Zélia Vidal que partiu para a casa do Pai, na terça – feira, dia 28 de Agosto de 2012, a quem se entregou totalmente em todos os momentos da sua vida.         

         Oriunda de uma família profundamente cristã, nasceu em Albergaria-a-Velha, a 5 de fevereiro de 1927.

         Entrou no noviciado de Santa Cristina do Couto, Santo Tirso a 27 de dezembro de 1950 onde fez toda a sua formação como Franciscana Missionária de Nossa Senhora. Fez a sua profissão perpétua a 21 de Novembro de 1956.

 

         Durante a sua vida exerceu as funções de Enfermeira no Hospital de Santa Maria e Colégio Luso-Francês. Foi uma das primeiras monitoras da Escola de Enfermagem de Santa Maria – Porto, desde 1959 a 1976. Passou depois para o Centro de Bem Estar, em S. Dinis, Porto onde se dedicou à Pastoral na paróquia de Campanhã.

          Em 1980 veio para Gondomar onde exerceu alguma enfermagem e foi responsável pelos trabalhos do Cartório Paroquial de S. Cosme, durante muitos anos; trabalho esse, que exercia com muita eficiência, dedicação e com gratuidade.

 

         Era uma irmã muito exigente consigo próprio e com os outros. Tinha sempre um sorriso que contagiava os que a rodeavam.

         Por fim já com a saúde debilitada ajudava onde era necessário. Amava muito a Congregação e ultimamente recordava com muito carinho e saudade os seus familiares

 

         Querida Irmã Zélia, obrigada pela sua entrega ao senhor e pelo seu testemunho de vida. Junto de Deus interceda pela nossa congregação e pelos seus familiares e amigos.

 

         Palavras, ditas pela Comunidade, ao iniciar o seu Funeral.

 

 

 

 

 

 

 

 

Funeral da Irmã Zélia Vidal, Franciscana Missionária de Nossa Senhora – Azenha, 30 de Agosto-2012

Palavra do Pároco, de memória e gratidão

Texto inspirador:  Jo 12, 23-26:

«Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á; e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, E onde Eu estiver, aí estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará».

 

«Se alguém Me quiser servir, que Me siga»

 

Como Pároco de Gondomar/S. Cosme, tenho a alegria e o honroso dever de louvar o Senhor, testemunhar e agradecer, em nome pessoal, mas sobretudo da Comunidade, o grande Dom de Deus que foi para esta Cidade a vida franciscanamente simples e apaixonada da Irmã Zélia Vidal. A sua morte é hora de glorificação. A sua vida, num carisma franciscano que assumiu e confundiu, foi um verdadeiro grão de trigo, que deu e continuará a dar muito fruto. Para esta Franciscana Missionária de Nossa Senhora, ser cristão era seguir para servir Cristo na sua Igreja, concretamente na Paróquia.

Louvamos o Senhor, Bendizemos a Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, por mais esta Humilde Serva, que tanto trabalhou, amou e fez bem a Gondomar. Todos fruímos das suas qualidades, e afabilidade verdadeira.

A Paróquia de Gondomar/S. Cosme, está muito feliz, grata e reconhecida à Irmã Zélia Vidal e à sua Congregação que a enviou para este serviço. Foi braços, mãos, pés e coração do Pároco, pela sua lealdade e fidelidade à Igreja. Consciente da Igreja comunhão e corresponsabilidade, afirmava que “tudo fazia e assumia, segundo as orientações do Pároco, para que ele ficasse o mais liberto possível para a missão pastoral”.

Pessoa totalmente leal, duma fidelidade e comunhão, bem ao jeito de Francisco de Assis. No seu grande amor à Igreja, via, ouvia, escutava e guardava. Imensos relatos e tecidos de vida, mais ou menos pacíficos, presenciou e leva consigo. Uma alma grande, na capacidade de trabalho. No Cartório, tudo era manual e rescrito vezes sem conta. Muito trabalho levou para casa. E nas horas recônditas da alta noite, na sua cela, aí servia a Igreja. No dia seguinte, os numerosos Processos de Casamento – nessa altura ! – estavam prontos para a Diocese. E ninguém deu por nada.

No Arquivo Paroquial de São Cosme, são dezenas, os grossos Livros de Assentos de Batismo, Casamento, Óbitos, Crismas que guardam a sua caligrafia – marca da sua distinta e harmoniosa personalidade.

Na Catequese, no Secretariado Paroquial, no envolvimento dos Pais, na sábia pedagogia de educar para o amor à Paróquia, foi mestra exímia. Tinha uma visão profunda, sabiamente franciscana da Catequese, seus desvios e possibilidades. Foi uma Auxiliar maravilhosa da missão do Pároco. Muito do crescimento e progresso espiritual e pastoral da nossa Paróquia, é semente desta grande cristã. E agora nesta reta final da vida, consumou a sua vida. A Irmã Zélia nos alcance muitas vocações.

 

Pessoalmente, a minha vida, o meu sacerdócio, jamais seriam a mesma coisa sem a amizade, o influxo e exemplo tão fraterno e delicado da Irmã Zélia. Devo-lhe muito. Acolheu-me, naquelas circunstâncias. Sempre tão livre e disponível, como fiel e apaixonada por servir a Paróquia. Foi preciosa ponte na transição de Pároco e na imperiosa atualização do Cartório.

Os seus Postais – que guardo ciosamente – nas grandes Festas cristãs, Natal, Páscoa, ou no Aniversário sacerdotal, são sinal duma alma bela, consciente da Igreja Povo de Deus. Balsamo e lenitivo na vida dum Pároco. Graças a Deus. Possa continuar a interceder pela sua Paróquia que tanto amou, formou e serviu, e pelo Pároco. Agora, na Glória o Pai a honrará. Obrigado à Congregação das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, Felicidades para todas, nesta hora de Retiro para o Jubileu. Um caloroso e feliz bem-haja à Comunidade da Azenha, por esta semente tão fecunda, na nossa Paróquia. Graças a Deus pelo vosso carisma e presença em Gondomar/S. Cosme.

 

Recordemos – voltemos a trazer ao coração, à mente e à memória – palavras da própria em Entrevista ao Jornal Paroquial de Gondomar/S.Cosme, o Caminhando – Janeiro-Abril,2004:

«Cheguei à Paróquia de São Cosme, onde fui acolhida muito fraternalmente pelo Pároco, nosso saudoso Padre Vaz. Foi ele que me ensinou a dar os primeiros passos no Serviço do Cartório Paroquial, cujas tarefas eram desempenhadas, nessa altura, pelo respectivo Pároco.

À medida que me fui integrando, comecei a assumir as tarefas do Cartório, deixando para o Pároco tudo o que era directamente da sua responsabilidade, e tudo o que ele reservava para si próprio, como responsável da Paróquia de São Cosme.

Apesar da minha presença estar pautada pela simplicidade e discrição, ao jeito de Francisco de Assis, consegui granjear grandes amizades, que hoje recordo com muito carinho. O acolhimento aos Noivos que apareciam para falar do seu casamento, os Pais que iam pedir o Baptismo para os seus filhos, as Catequistas que me contactavam frequentemente no Cartório, a solicitar o apoio que lhes era devido para o bom andamento da Catequese Paroquial e tantas outras pessoas que passaram pelo Cartório, deram-me uma grande felicidade e alegria, que ainda hoje conservo. 

… Recordo, com muita gratidão e amizade, aqueles grandes amigos e amigas, que, no meu caminho em direcção ao Cartório Paroquial, paravam o seu carro para me levarem até lá... e aqueles que, todos os dias, às vinte horas, esperavam por mim junto do Cartório, para me conduzirem até à minha Comunidade Religiosa, na Quinta da Azenha.  

… Agora, falem os Jovens, as Crianças, os Casais, as Famílias e os Pobres que melhor do que eu, saberão testemunhar tudo o que as minhas palavras não souberam traduzir, mas que eu vivi intensamente e recordo com emoção. Cabe-nos agora, prosseguir com entusiasmo e com coragem, respondendo às solicitações da Igreja de Hoje, que espera de todos nós uma grande disponibilidade e um grande desejo de A Servir generosamente e sem reservas»

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Entre Vistas

PRESENÇA E MISSÃO DE UMA FRANCISCANA

NA PAROQUIA DE SÃO COSME

                        A entrevista na íntegra

 

Para realizar o Quê?

 

1 - Os acontecimentos falarão por si.

Desde a minha juventude, dediquei-me, de corpo inteiro à ACÇÃO CATÓLICA, norteando-me pelo VER, JULGAR E AGIR.

Trabalhei sempre na Catequese e no Grupo Coral na minha Paróquia de origem.

Esta minha postura na vida paroquial deu-me alguma experiência e gosto por estas e outras actividades paroquiais.

Com esta experiência entrei na VIDA RELIGIOSA e trabalhei na Escola de Enfermagem das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, sita na cidade do Porto e pertencente à minha Congregação Religiosa. Ai, como monitora do ensino de enfermagem, conheci o Padre Vaz, na qualidade de professor de Deontologia e Ética Profissional.

Ao fim de 17 anos de ensino fui abordada pela minha Superiora Provincial que me perguntou se eu gostaria de fazer uma experiência nesta Paróquia. Respondi-lhe com um SIM, dito com certo entusiasmo.

2 - Cheguei à Paróquia de São Cosme, onde fui acolhida muito fraternalmente pelo Pároco, nosso saudoso Padre Vaz. Foi ele que me ensinou a dar os primeiros passos no Serviço do Cartório Paroquial, cujas tarefas eram desempenhadas, nessa altura, pelo respectivo Pároco.

À medida que me fui integrando, comecei a assumir as tarefas do Cartório, deixando para o Pároco tudo o que era directamente da sua responsabilidade, e tudo o que ele reservava para si próprio, como responsável da Paróquia de São Cosme.

Apesar da minha presença estar pautada pela simplicidade e discrição, ao jeito de Francisco de Assis, consegui granjear grandes amizades, que hoje recordo com muito carinho. O acolhimento aos Noivos que apareciam para falar do seu casamento, os Pais que iam pedir o Baptismo para os seus filhos, as Catequistas que me contactavam frequentemente no Cartório, a solicitar o apoio que lhes era devido para o bom andamento da Catequese Paroquial e tantas outras pessoas que passaram pelo Cartório, deram-me uma grande felicidade e alegria, que ainda hoje conservo.

 

Quanto à catequese, na minha qualidade de responsável pelo Centro de Catequese da Azenha, fiz parte do SPEC que secretariei durante algum tempo.

Recordo, com muita gratidão e amizade, aqueles grandes amigos e amigas, que, no meu caminho em direcção ao Cartório Paroquial, paravam o seu carro para me levarem até lá... e aqueles que, todos os dias, às vinte horas, esperavam por mim junto do Cartório, para me conduzirem até à minha Comunidade Religiosa, na Quinta da Azenha.

3 - Sobre o estado da Paróquia de São Cosme quanto ao seu dinamismo, os seus "Movimentos", etc., no passado, não possuo dados que me permitam comparar, com seriedade, o passado e o tempo em que estive envolvida em alguma das acções paroquiais, e por isso, limito-me a testemunhar aquilo que me foi dado viver.

Assim, desde que cheguei a São Cosme até ao falecimento do nosso saudoso Padre Vaz, assisti a um rápido crescimento e renovação da Comunidade Paroquial, graças ao dinamismo e zelo do Pároco, que nunca se soube poupar, esquecendo-se de si próprio, para se dar sem reservas à sua Paróquia e aos seus Paroquianos. Igualmente os seus Colaboradores, Catequistas, Jovens, CPM, Movimentos da Igreja, enfim todas as Estruturas Paroquiais, dinamizadas e empenhadas na Acção Pastoral, de que o nosso Pastor foi sempre o grande motor, deram o seu melhor à Paróquia de São Cosme. Foi ele que, com Jovens chamados e devidamente preparados, muito trabalharam na exigente formação dos

Crismandos, que todos os anos se apresentavam para receberem o respectivo Sacramento.

A Catequese Paroquial, os Jovens, os Pais das Crianças, as Famílias, os mais Desfavorecidos, os Doentes e Idosos eram a "menina dos seus olhos". Preocupou-se sempre com a preparação dos Noivos para o Casamento e falava aos Pais das Crianças, apelando para o "testemunho cristão" junto dos seus filhos - IGREJA DOMÉSTICA.

 

Enfim, foi notório o crescimento considerável do trabalho e consciencialização dos Paroquianos de São Cosme, até ao dia em que fiz a minha "passagem de testemunho".

Agora, falem os Jovens, as Crianças, os Casais, as Famílias e os Pobres que melhor do que eu, saberão testemunhar tudo o que as minhas palavras não souberam traduzir, mas que eu vivi intensamente e recordo com emoção.

Cabe-nos agora, prosseguir com entusiasmo e com coragem, respondendo às solicitações da Igreja de Hoje, que espera de todos nós uma grande disponibilidade e um grande desejo de A Servir generosamente e sem reservas.

 

Nota da Redação:

A Irmã Zélia pela simplicidade da sua presença, mas também pela permanente disponibilidade, dedicação, dinamismo, entusiasmo, empenho e total entrega nas várias atividades que desempenhou na Paróquia, marcou-a profundamente, nos vários projetos em que esteve envolvida. Trilhar um caminho, com uma postura de disponibilidade e total entrega, é um rumo, e um percurso modelar. Depois da merecida Homenagem que a Paróquia llhe dedicou em Julho de 2002, continuamos a tê-la no coração, nesta feliz partilha da sua vida. Muito mais tem a Irmã Zélia para transmitir aos Jovens e a todos nós. Aqui falou a sua dignidade e modéstia franciscana. Futuramente contamos com novos contributos para  a Comunidade que serve com a alegria de Francisco e Clara de Assis.

 

 

IRMÃ ZÉLIA VIDAL,

In. Caminhando – N.º 94 – Ano XI, Janeiro Abril 2004,pág.2

 

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