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Protocolo CMG - Paróquia: 18-09-2005 - Palavra do Pároco Imprimir EMail

Sessão Solena na Assinatura do Protocolo Entre a CMG e a Paróquia

Consignando um subsídio de 400.000,00€, a serem pagos à medida dos autos de medição

Quinta da Igreja - 18 de Setembro de 2005


Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Gondomar

Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar/S. Cosme

Exmo. Sr. Arquitecto Autor do Projecto do Centro Paroquial

Exmas. Autoridades Autárquicas

Exma. Comissão Fabriqueira, GEOP (Grupo Executivo das Obras Paroquiais) e Toda a Comissão de obras

Exmos. Representantes das Instituições Sociais, Culturais, Recreativas e Desportivas de Gondomar

Exmos. Organismos, Centros e Movimentos Paroquiais de Gondomar/S. Cosme

Caríssimos Amigos e Paroquianos aqui presentes


«Se o Senhor não edificar a Casa

Em vão trabalham os que a constroem,

Se o Senhor não guardar a Cidade,

Em vão vigiam as sentinelas» (Salmo 126, 1).


A todos saúdo com imensa alegria e esperança. Desde já agradeço a presença de todos. Bem vindos, para escrevermos mais uma página doirada nas nossas vidas, nesta terra que amamos. Desde o dia 19 de Janeiro de 2003 que a nossa Paróquia se movimenta afanosamente, para a Obra do Centro Paroquial. Escolhemos como lema: «Edificar Comunidade, construir a nossa Casa», inspirando-nos no salmo 126. «O Salmo 126 apresenta ante nossos olhos um espectáculo em movimento: uma casa em construção, a cidade com seus guardas, a vida das famílias, as velas nocturnas, o trabalho quotidiano, os pequenos e grandes segredos da existência. Mas por cima de tudo encontra-se uma presença decisiva, a do Senhor, sobre as obras do homem, como sugere o incisivo início do Salmo: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os construtores” (v.1).


Este salmo sapiencial, fruto da meditação sobre a realidade da vida de cada dia, constrói-se fundamentalmente baseando-se neste contraste: sem o Senhor, em vão se tenta construir uma casa estável, edificar uma cidade segura, fazer que dê fruto o próprio cansaço (Cf. Salmo 126, 1-2). Contudo, com o Senhor tem-se a prosperidade e fecundidade, uma família cheia de filhos e serena, uma cidade bem construída e defendida, livre de pesadelos e inseguranças (Cf. versículos3-5).

Pois bem, o salmista não hesita em afirmar que todo este trabalho é inútil, se Deus não está ao lado de quem se esforça… O salmista quer exaltar deste modo a primazia da graça divina, que dá consistência e valor à acção humana, apesar de que se caracteriza pelas limitações e a caducidade. No abandono sereno e fiel de nossa liberdade no Senhor, as nossas obras tornam-se sólidas, capazes de dar um fruto permanente.


O Salmo 126 foi utilizado pelos autores espirituais precisamente para exaltar esta presença divina, decisiva para proceder pelo caminho do bem e do Reino de Deus»
.

(Catequese do Papa Bento XVI, Audiência Geral de Quarta feira – Roma - 31 de Agosto de 2005).

«Se o Senhor não edificar a Casa

Em vão trabalham os que a constroem,

Se o Senhor não guardar a Cidade,

Em vão vigiam as sentinelas» (Salmo 126, 1).

Por isso desejamos «Edificar Comunidade, construindo a nossa Casa».Esta será sempre uma Obra da Fé, ao serviço dum projecto mais vasto: sermos e fazermos uma Comunidade viva, solidária, aberta, acolhendo e servindo a todos os gondomarenses, na dimensão espiritual, cultural e social e em tudo o que estiver ao nosso alcance.

  1. Todo este movimento à volta do Centro Paroquial é já um Hino, uma sinfonia, à Fé e à Esperança.

    1. As Crianças que fazem as suas renúncias e as entregam no altar. Os Jovens que cada vez mais se vão apaixonando por este projecto.

    2. A alegria, o zelo indomável daqueles valorosos, que teimando puseram em pé o Bar e a Tenda da Amizade. Os Benfeitores generosos e anónimos.

    3. E aquela esposa, que ao fazer anos tem a ousadia de pedir uma festa. Mais ainda até pede uma prenda …muito especial. Cada familiar e amigo meta a mão ao coração e partilhe uma oferta como quiser. É para o Centro Paroquial. E a festa acontece e aquece. Todos ficam tocados e edificados e uma grande prenda é entregue.

    4. A competência, a beleza criativa do Arquitecto. O entusiasmo de todos os servidores das Obras Paroquiais, o concurso de Poesia, a Família em Janeiras, a Campanha das Medalhas do Rosário, os estabelecimentos comerciais que nos fornecem. Todos numa verdadeira onda, numa gigantesca onda, que felizmente não destrói mas constrói, edifica Comunidade para construirmos a nossa Casa.

    5. Mas a nossa grata memória vai mais longe: se hoje estamos aqui, é graças ao Reverendo Sr. Padre Arnaldo Duarte e aos bravos gondomarenses que adquiriram a Quinta da Igreja e sonharam esta Hora. Aos grandes homens que lutaram para devolver este Património para o bem comum. Se hoje estamos aqui deve-se ao grande Pastor, sábio, prudente e fiel, que foi o Reverendo Sr. Padre António Ferreira Vaz, que muito animou e desenvolveu espiritualmente esta terra. Embora isso seja menos visível à vista desarmada. E tantos outros, Padres Leigos, Homens e Mulheres de Carácter e de um grande coração. Curiosamente este monumento começou por servir a agricultura, depois como Primeira Escola Industrial de Gondomar, a Cultura. E agora como síntese de todas, ao serviço do Culto, da Formação integral da Pessoa humana: do Baptismo até à assistência e celebração da morte, Crianças, Jovens, Adultos e Casais, da Catequese ao Escutismo, da Liturgia ao Convívio à solidariedade e à Caridade, num serviço à Pessoa total e a todas as Pessoas sem distinção.

  2. Hoje, volvidos dois anos e nove meses, que foi lançado o Ante-projecto, vemos que o sonho é cada vez mais uma realidade. Este é um dia histórico para Gondomar. São muitos os que têm trazido uma pedrinha para a Construção. Mas hoje a Câmara Municipal de Gondomar, na Pessoa do seu Presidente Sr. Major Valentim Loureiro, traz-nos o Passaporte carimbado para tão grandiosa empreitada. 400.000,00€, da Câmara Municipal de Gondomar: eis o sinal verde, na grelha de partida. Eis o grande momento de partida a fundo. Este apoio substancial da Autarquia é a Confirmação de todas as voltas de preparação. Este protocolo é o sinal claro de que sempre poderemos contar com o Sr. Presidente. É a força e entusiasmo que a Comunidade precisa e agradece. É um estímulo decisivo para a meta que nos propomos. Doravante, partimos seguros para as voltas da Obra. A Paróquia tem na Pessoa do Sr. Presidente uma garantia segura de que o Centro Paroquial vai mesmo ser uma realidade. Já não é sonho, já é mais que projecto, começa hoje a ser uma consoladora certeza. Senhor Presidente: bem-haja pela sua sensibilidade. Parabéns pela atenção generosa com obras desta natureza. Muito obrigado em nome de todo o Povo de Gondomar: dos presentes e dos vindouros. Das Crianças aos Escuteiros, dos Jovens aos Casais, Noivos ou Anciãos. Felicidades, Sr. Presidente. Contamos sempre com V. Excia. e estamos certos que esta parceria e cooperação da Câmara Municipal de Gondomar com a Paróquia continuarão cada vez mais estreitas, para o Bem Comum. Gondomar acaba de escrever mais uma página doirada, que ficará incrustado na talha perene e silenciosa destas pedras.

  3. Senhor Presidente, Ex.ma Mesa, Ilustres convidados, caríssimos Paroquianos. Mas nós continuamos a sonhar. «Sempre que o Homem sonha o mundo pula e avança…» a nossa Igreja e este Centro, a Capela da Ressurreição, a Igreja Matriz – dos maiores monumentos da nossa Cidade - o Cemitério, entre outros, precisam de um verdadeiro enquadramento urbanístico e paisagístico. Também aqui estamos a escrever o futuro. Uma ampla alameda a desaguar e abraçar a Matriz e a servir de apoio às outras valências, estamos certos que é possível e indispensável. Esta área da Cidade, com os Equipamentos que tem e os que vão surgir, configura uma zona única para a Cultura, o lazer, a dimensão religiosa, e simbólica, a requerer um enquadramento. Da parte da Paróquia, como parte interessada e interveniente, queremos afirmar, mais uma vez, Sr. Presidente, a nossa total disponibilidade para integrarmos um Grupo de trabalho e contacto permanente, que possa trocar todas as informações e reflectir o futuro irreversível da nossa Cidade de Gondomar. Diria mesmo que o futuro, tem os olhos cravados de esperança em nós. Pois de nós – actual Comunidade gondomarense – depende a beleza e a grandeza, atraente e acolhedora da nossa Terra.

  4. A mais viva gratidão às Instituições sociais e Cívicas aqui representadas. Aos Movimentos, Órgãos e Centros Paroquiais, a todas o nosso cordial Obrigado. Desejamos contar sempre com todas as Colectividades de Gondomar. O Centro será Obra de todos, para todos e edificado com todos.

  5. Aos Servidores das Obras, aos Benfeitores, aos Movimentos, Órgãos e Centros Paroquias, aos que tem estado hesitantes…a todos os paroquianos em geral. Vamos lançar-nos de alma e coração. Com arrojo e coragem; todos unidos e nunca divididos. Só a comunhão constrói. Não tem sido fácil. Nem vai ser. Mas hoje ficamos todos mais animados e felizes, mais fortes e unidos, para Edificarmos Comunidade, construindo a nossa Casa. A próxima meta é verificar se será possível o apoio do Governo através do PIDAC. Também aqui estamos certos do total empenho do Sr. Presidente da Câmara em favor deste Equipamento concelhio.

  6. A todos em geral: Crianças, jovens, aos que amam Gondomar e querem um futuro melhor. Somos nós os responsáveis por esta obra. Obrigado aos Coros da Matriz. Gratos ao Dr. Fernando Paulo, um grande Amigo do Projecto e da Paróquia. Obrigado Arquitecto Sarabando. Ao nosso prezado paroquiano e especial Amigo Dr. Macedo, digno Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar/S. Cosme, que desde a primeira hora muito tem apoiado e colaborado para os alicerces da Tenda da Amizade, máquinas, limpezas, apoio logístico, Jardins e sempre disponível. Sr. Major Valentim Loureiro, Presidente da Câmara de Gondomar, Bem-haja, o nosso desejo sincero de todo o Bem. Muito Obrigado a todos. Que o Senhor a todos abençoe. Pois, «Se o Senhor não edificar a Casa, Em vão trabalham os que a constroem, Se o Senhor não guardar a Cidade, Em vão vigiam as sentinelas» (Salmo 126, 1). Graças a Deus, Bendito seja o Senhor.

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