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Memória descritiva do Projecto Imprimir EMail

 

PROJECTO DE ARQUITECTURA

DO CENTRO PAROQUIAL DA FREGUESIA DE S.COSME - GONDOMAR

(PROCESSO 6575/03 DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR)

PARA EFEITO DE CANDIDATURA PARA PARTICIPAÇÃO DE EQUIPAMENTOS URBANOS DE UTILIZAÇÃO COLECTIVA AO ABRIGO DO DESPACHO MCOTA Nº.7187/2003 DE 11 DE ABRIL

 

MEMÓRIA DESCRITIVA

 

 

1 - CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO

1.1 - Preâmbulo

O Centro Paroquial de Gondomar/S. Cosme vai servir mais de trinta mil habitantes. Além da população local, servirá também as freguesias confinantes de Jovim, Fânzeres e principalmente S. Pedro da Cova, que com toda a envolvente a Nascente da Estrada D. Miguel e devido à distância, participam nas actividades pastorais na Paróquia de Gondomar/S. Cosme.

O Equipamento do Centro Paroquial de Gondomar/S. Cosme, é também muito solicitado pela maioria das Paróquias do Concelho de Gondomar, devido à sua centralidade e à facilidade nos meios de Comunicação, para muitas actividades de âmbito concelhio.

Por outro lado e cada vez mais, a prática social destes equipamentos começa a ser aglutinadora dos principais pólos urbanos circundantes numa pastoral de conjunto, daí a sua dimensão e polivalência.

•1.2  - Compatibilidade do Projecto com o P.D.M. e Articulação com as Necessidades Reais da População

a) - Compatibilidade com o P.D.M.

Como é verificável nos extractos das plantas do P.D.M. de Gondomar, este projecto ao localizar-se num território onde já existem outros equipamentos, terá por missão protagonizar o papel de âncora para toda essa zona.

Assim e para além das necessidades sociais e pastorais que visa satisfazer, este projecto procurará em última instância cerzir e tornar urbanisticamente coerente, uma amálgama de espaços, circuitos e equipamentos avulsos já existentes.

A construção deste Centro Paroquial aliada à sua estratégia de espaços envolventes, materializa assim o objectivo primeiro do P.D.M. de Gondomar para aquele local da cidade:

- Dimensionar um equipamento capaz de qualificar ambientalmente a zona da Igreja Matriz, e disciplinar a ambiguidade urbana existente, onde o património religioso e social deve assumir papel relevante.

b) - Adequação e Dimensão do Equipamento Face ao Número Previsível de Utentes e Necessidades Reais da População:

 Mantêm-se todos os justificativos e suportes quantificados e apresentados aquando da apresentação do projecto Base.

•1.3  - Síntese do Histórico do Projecto

No sentido de dar cumprimento às solicitações da Comissão de Apreciação de Projectos de Intervenção em Património Classificado nos Planos de Urbanização (nomeada pela Câmara Municipal de Gondomar por deliberação de 21/10/2004), o estudo inicial sofreu algumas alterações, quer na relacção com o quadrante poente, quer na sua ligação à casa solarenga existente. Em 21 de Fevereiro de 2005 emitiu parecer favorável à solução do estudo prévio, e posteriormente aprovou o projecto de licenciamento por despacho do Presidente da Câmara em 14/06/2005.

1.4 - Localização e Especificação do Terreno

O projecto localiza-se dentro do perímetro da "Quinta da Igreja", onde adjacente se localiza uma casa de cariz solarengo em fase de reabilitação, e com a qual e no futuro, constituirá o pólo funcional da Paróquia de S. Cosme.

A parte restante do terreno, há muito tempo improdutivo e desaproveitado, é ocupada pelo logradouro onde agora se propõe a sua qualificação para um jardim temático.

Todo este território, com a área total de 4.486m2, está qualificado pelo P.D.M. de Gondomar para zona de equipamentos colectivos, como é verificável nas plantas daquele instrumento de planeamento, anexas a este Processo.

1.5 - Estratégia Arquitectónica

Como já foi referido anteriormente, a solução do projecto procura contribuir para a harmonia ambiental, urbanística e funcional do local, que neste momento é uma mescla de várias existências avulsas, recorrendo aos seguintes argumentos da gramática arquitectónica:

- A entrada principal é realizada sob o volume de transição e "transparente", entre a casa solarenga a norte e a volumetria do salão polivalente a sul, ao mesmo tempo que determina um páteo exterior em continuidade com o salão polivalente e o átrio de acolhimento.

- A volumetria do salão polivalente garante com a sua escala, o momento de transição para a grande massa do pavilhão desportivo da Ala Nun'Álvares, ao mesmo tempo que o seu alçado poente dá visibilidade ao equipamento para quem chega a Gondomar vindo do I.C. 29.

- O embasamento da cave permite a desmassificação da volumetria do salão, dimensiona um percurso e terreiro de estar no exterior ao nível do r/c, e hierarquiza os acessos de serviço e à garagem a partir da Rua Ala Nun'Álvares.

- A sua linguagem de modernidade quase minimalista, aliada aos simbolismos do Jardim da Existência, sublimam e sublinham, os ideais e a essência da pastoral cristã.

•1.6  - Caracterização Funcional

O edifício articula-se em três pisos -  Cave, r/c e andar, com as seguintes valências:

Cave - Este piso, só parcialmente enterrado, alberga uma garagem colectiva para

15 viaturas (dois lugares para diminuídos motores), garante o acesso a uma garagem privativa da residência paroquial com capacidade para 4 viaturas, e ainda vários arrumos e arrecadações, ainda neste topo da construção, localiza-se a escada e ascensor de acesso ao hall de acolhimento do r/c;

No topo nascente estão dimensionados camarins, sanitários, um arrumo, um ascensor e uma escada de serviço, tudo de apoio ao palco sito na prumada do r/c.

Ainda neste piso, mas à face da via pública, localiza-se um compartimento de R.S.U.

R/C - Neste pavimento situa-se a entrada principal e o hall de acolhimento, que funcionalmente distribui os acessos aos seguintes espaços:

  • Salão Polivalente com palco;
  • Área de convívio com bar;
  • Acesso por escada e ascensor aos restantes pisos;
  • Acesso ao edifício adjacente e bloco sanitário;
  • Acesso ao terraço exterior.

Andar - Neste piso com acesso pela escada principal e ascensor apartir do r/c, estão dimensionados os seguintes espaços:

  • Um hall de distribuição para acessos ás seguintes valências funcionais;
  • Área polivalente passível de ser sectorizada em três espaços: sala de leitura e biblioteca, bloco sanitário e balcão do salão.

Este pavimento garantirá ainda acessos ao 1º andar do edifício existente, nomeadamente à zona do agrupamento de Escuteiros e à residência paroquial.

2- CONDIÇÕES AMBIENTAIS

•a)   - Ventilação e Iluminação

Como é verificável no projecto base, todos os espaços e dependências passíveis de utilização permanente, têm ventilação e iluminação natural, directamente do exterior e mediante vãos praticados nas paredes.

Só espaços de arrumos e áreas técnicas, quando interiores, terão essas características garantidas por meios mecânicos ou artificiais, dentro da legislação em vigor, e suportadas em projectos específicos, a apresentar oportunamente.

•b)      - Comportamento Térmico e Acústico do Edifício

Todo o edifício terá um desempenho no cabal cumprimento da legislação aplicável. No balanço do comportamento térmico, está previsto nesta fase do projecto, além da rede de aquecimento a todo o edifício, a dotação de ar condicionado em todo o R/C e andar do edifício.

Todas as valências técnicas serão suportadas em projectos específicos a apresentar ulteriormente.

Para além de toda a estratégia regulamentar de isolamentos incorporados na construção e fontes de energia renováveis especificadas nos projectos de especialidade, o projecto de arquitectura dimensiona variados elementos de climatização passiva, como:

- Abertura selectiva de vãos para iluminação natural, ventilação rasante e transversal ascendente e amplas palas de sombreamento.

•c)      - Capacidade e Regime de Ocupação do Edifício

Capacidade

 Salão polivalente do R/C       225 x 0.1 = 22,5 ~ 25 pessoas

Área Polivalente do 1º andar 195 x 0.1 = 19,5 ~ 20    "

Biblioteca / Sala de Leitura       ------------             6     "

Total ........................................... ....     51 Pessoas

No cálculo da capacidade do edifício para as áreas polivalentes sem compartimentação definida é aplicado o critério do nº.3 do Artº.7 do D.L. 410/98, ou seja 0.1 pessoa/m2.

  • Valores estimados para os ocupantes de cada sexo - 50%

•d)      - Regime de Ocupação

Todas as áreas funcionais deste edifício, terão o regime de ocupação esporádica. 

•e)      - Recolha de R.S.U.

Para a resolução desta função, o projecto prevê duas soluções complementares:

  • Um compartimento autónomo para contentores normalizados e cubicagem calculada conforme as mesmas técnicas da C.M. de Gondomar, localizado no interior do terreno e junto ao portão de acesso auto no topo sul do edifício;

  • Várias papeleiras no jardim e pátios, localizadas na planta de arranjos exteriores.

•f)       - Acessibilidades a Diminuídos Motores

Como é verificável no projecto, toda a área do edifício com acesso público, constitui circuito acessível, nos termos do D.L. 163/2006 de 8 de Agosto, dispondo de elevador principal, elevador e plataforma de acesso ao palco, rampas e todos os demais dimensionamentos previstos naquele diploma.

•3 - CIRCUITOS AUTO E ESTACIONAMENTOS

a) -  O acesso será operado a partir da Rua Ala de Nun'Álvares e terá uma bolsa de retorno junto ao campo de ténis. Em caso de emergência ou de serviço, é garantido um circuito alternativo até ao adro da Igreja Matriz e daí ao Largo João Paulo II.

•b)      Os lugares de estacionamento exteriores de apoio a este equipamento estão localizados em parques públicos já existentes na periferia, nomeadamente no Largo João Paulo II e Largo da Feira.

Relativamente a lugares no interior do edifício estão previstos os seguintes localizados na cave:

  • Residência paroquial - 4 lugares

  • Utentes/Zeladores - 13 lugares

  • Deficientes Motores - 2 lugares

4 - BALANÇO QUANTIFICADO DO PROJECTO

4.1 - Uso do Solo da área de intervenção

DESIGNAÇÃO

ÁREA

(m2)

%

Implantação Construtiva ao nível do R/C

677

20.0

Áreas exteriores (acessos, terraços/ Jardins)

2.700

80.0

Total

3.377

100.0

4.2 - Áreas Brutas de Construção

DESIGNAÇÃO/PISO

ÁREA

(m2)

CAVE Ä

936

R/C

677

ANDAR Ä

766

TOTAL

2.379

Ä - Inclui as áreas dos R.S.U. ao nível da cave e a Teia ao nível da Cobertura

4.3- Índices Urbanísticos do Projecto

                DESIGNAÇÃO

QUANTIDADES

Área do Terreno

3.377 m2

Área de Implantação

677 m2

Área Total de Construção

2.379 m2

Área de Construção Sem Cave

1.443 m2

Cércea

Cave + R/C + 1

Volumetria (acima do r/c)

5.000 m3

Áreas Verdes e de Utilização Colectiva

2.700 m2

Índice de Ocupação

0,43

Estacionamentos em Garagem

19 Lugares

5 - ARRANJOS EXTERIORES E RESTANTES PROJECTOS DE ESPECIALIDADE

Serão objecto de projectos autónomos a anexar a este projecto.

6 - MEMÓRIA CONSTRUTIVA

(Todos os materiais a utilizar nesta obra, serão obrigatoriamente de marca homologada e a especificar no projecto de execução)

6.1 - Estratégia Construtiva

O edifício será realizado em estrutura de betão armado, quer nos seus elementos portantes quer construtivos, e as paredes acima do nível do terreno globalmente em alvenaria armada de tijolo vazado: as coberturas serão planas e inclinadas, sendo esta apoiada em elementos estruturais metálicos.

  • Pavimentos - Os térreos, neste caso ao nível da cave, serão realizados sobre caixas de betonilha armada e hidrofugada sobre base drenante de inertes com 50cm de espessura; os restantesserão em lajes estruturais de betão armado, ou elementos pré-esforçados, a especificar no respectivo projecto.

  • Paredes - Em alvenaria armada de tijolo vazado e nas dimensões do projecto, serão globalmente para revestir a rebocos pelo exterior e estucar pelo interior, para acabar com pintura, apainelados de madeira, ceramizados e outros materiais. Quando em contacto com o solo terão sempre o pano exterior em betão armado, impermeabilizado e protegido por membrana alveolar desde o lintel de fundação; em todo o seu desenvolvimento serão complementadas por um dreno roto ligado à rede de águas pluviais.

  • Coberturas - Referidas no ponto seguinte..

6.2 - Síntese de Revestimentos

•a)      - Exteriores:

  • Pavimentos - Placas de granito afagado no patamar sobre a garagem e terraço do 1º andar, e em granito polido com rebaixo para capacho na entrada do hall de acolhimentos, sempre sobre a impermeabilização previamente executada.

  • Paredes - Em placagem de granito amaciado no embasamento da garagem; chapa de alumínio em pilares e parte da parede sul do salão polivalente; reboco armado com rede de poliéster areado a fino, para pintar a cor igual à do edifício existente nos restantes espaços.

  • Tectos - Existentes no alpendre exterior da porta da garagem e palas, serão executados em areado fino para pintar como as paredes.

  • Caixilharias e Esquadrias - Em perfis de alumínio lacado, cor bronze com vidros duplos e simples a definir no projecto de execução.

  • Coberturas - A do salão polivalente será inclinada, em chapas metálicas, tipo sanduíche, cor cinza, com isolamento térmico acústico aplicado no seu interior.

As restantes e definidas no projecto, ou serão planas em chapas de zinco pelo sistema Camarinha, ou em telas butílicas, de peso específico ≥ 5kg/m2, pelo processo invertido, isoladas e protegidas por caixa de godo médio. Todos os artefactos de funilaria serão realizados em chapa e perfis de inox, excepto os tubos de queda quando interiores que serão em PVC rígido.

•b)   - Interiores:

  • Pavimentos - Placagem de granito polido em escadas, soleiras e peitoris, e ceramizados nos restantes, excepto: a garagem colectiva que será acabada a betonilha afagada mecanicamente, e o palco que será revestido a soalho de madeira exótica.

  • Paredes - Ceramizados em áreas sanitárias, de serviço e panos de outros espaços a definir em projecto de execução; idem para panos revestidos a painéis acústicos ou não de madeira; os restantes espaços no R/C e andar serão estanhados para pintar.

Na cave as garagens e arrumos serão para arear e pintar a tinta lavável.

Todos os pilares soltos do R/C e andar serão para forrar a chapa de alumínio igual às caixilharias, ou a madeira, conforme projecto de execução.

Os corrimões e guardas serão em perfis de aço inox e vidro laminado conforme projecto.

  • Caixilharias e Esquadrias - Serão de vários tipos: em perfis de alumínio, de madeira, corta-fogo, empilháveis, com vidro ou opacas, a definir no projecto de execução.

  • Tectos - No R/C e andar serão todos falsos em placas de pladur ou acústicos. Na cave serão areados sob a laje de tecto, nas cotas e dimensionamentos do projecto, excepto nos camarins que serão suspensos, em quadrícula metálica de 4 x 4cm.

•c)    - Equipamentos / Mobiliário fixo e afins

           (Todos os equipamentos serão obrigatoriamente de marca homologada)

  • Louças Sanitárias:

Serão sempre porcelânicos, com lavatórios de embutir por baixo em bancadas de mármore polido e sanitas de descarga ao chão, nas quantidades e localização do projecto.

As sanitas e urinóis serão equipados com fluxómetros, o material de manobra das restantes peças, terá sempre temporizadores mecânicos;

  • Equipamentos de Bar e Similares:

Serão sempre em inox polido, modelos standart e instalados por casa da especialidade.

  • Elevador Principal

       Com capacidade mínima de 6 pessoas, hidráulico, a especificar em projecto

de especialidade.

  • Equipamentos de Palco e Similares

Serão objecto de consulta, especificação e fornecimento de casa da especialidade, após definição das suas valências pelo requerente e equipe do projecto.

De referir ainda nesta zona do projecto a existência de um elevador de serviço entre o palco e os camarins, e de uma plataforma elevatória entre o palco e o salão polivalente, ambos vocacionados para acessos e circuitos de pessoas com mobilidade reduzida.                                        

7 - ESTIMATIVA ORÇAMENTAL

Atendendo ao tipo de Edifício, custos dos materiais a aplicar e mão de obra, estima-se o custo do Projecto de Arquitectura do Centro Paroquial de S. Cosme em Gondomar, no montante abaixo referido e assim descriminado:

PISO

ÁREA

Tipo de Ocupação

Custo/ m2

Parcial

CAVE Ä

936

Garagem / arrumos

350

327.600

R/C

677

Equipamento Social

550

372.350

ANDAR Ä

766

Equipamento Social

Áreas Técnicas / Coberturas

650

497.900

TOTAL

2.379

---------

---

1.197.850

Ä - Incluí R.S.U. na cave e Teia na cobertura.

(Um Milhão cento e noventa e sete mil oitocentos e cinquenta euros)

8 - CALENDARIZAÇÃO

  Folha anexa - Página 13

                                                           Matosinhos,       de Outubro de 2007

                                                                       O Arquitecto: João Carlos Sarabando 

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