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Foi há Duzentos e Cinquenta Anos - Doação do Monte Crasto à Confraria Imprimir EMail

Foi há Duzentos e Cinquenta Anos.

Doação do Monte Crasto à

Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa

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    Qualquer pessoa que visite o centro da cidade de Gondomar, num rápido olhar, avista um espaço arborizado e elevado, distinguível das áreas que o circundam, encimado por uma Igreja. A altitude que regista deve ter sido provavelmente a razão do seu nome de Monte Crasto que, como é sabido, deriva de Castrum, termo que servia em tempos para designar castelo ou praça fortificada ou, mais simplesmente, espaço elevado com capacidades de protecção e de controlo de aproximação de invasores. A fácil evidência com que domina o horizonte justifica também que sirva como referência geográfica. A prová-lo, em documento datado de 1068, surge o Monte como um ponto de referência na localização de um prédio transmitido através de tal documentoImage

    Duzentos e cinquenta anos, pouco tempo à escala da vida da Terra, foram no entanto suficientes para testemunharem diversas modificações nas encostas, nas vias de acesso, nas edificações e na gestão do Monte, reflexos do quadro social, religioso e político das várias épocas. A título de exemplos, saiba-se que a actual Igreja é a última de uma sucessão de três que lá existiram, sendo a torre parte integrante das duas últimas; que o cruzeiro em frente à Igreja foi mandado edificar em 1759, dois anos após a doação; que a gruta foi construída com o intuito de embelezar a parte traseira da Igreja; que houve extracção de granito e saibro de uma das suas encostas, proibida ainda a tempo de evitar danos irreparáveis; e que já se praticou hóquei em patins na actual plataforma junto ao bar, à qual se acedia por degraus que foram ulteriormente substituídos pela rampa pavimentada para acesso automóvel.

    Sem prejuízo do mérito das obras anteriores, as acções de melhoramentos na Igreja e no espaço envolvente concentraram-se nos últimos trinta a quarenta anos, por iniciativa da Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa, à custa do contributo de seus irmãos e de outras pessoas anónimas. Só assim tem sido possível manter aprazível o espaço de pausa e de oração que recebe celebrações religiosas frequentes, destacando-se as festividades em honra dos padroeiros da Confraria, Casamentos e outras celebrações de Acções de Graças, assim como outros eventos de naturezas diversas.

    Hoje urge envolver cada vez mais a sociedade civil neste processo de contínua renovação do parque do Monte Crasto e da sua Igreja para que seja possível transformá-los numa das riquezas primeiras da cidade de Gondomar. Neste biénio jubilar de dois mil e sete – dois mil e nove, recordemos o compromisso que todos temos para com a qualidade deste património natural, religioso e cultural, e contribuamos para o seu engrandecimento, pois com ele todos seremos beneficiados.

    A Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa

 

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